PL contraria Valdemar e firma aliança com federação PSOL-Rede em cidades da Paraíba
20 de agosto de 2024Não é somente com o PT que o PL firmou alianças para disputar prefeituras paraibanas nas Eleições de 2024. O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro também aparece em coligações com a federação PSOL-Rede em pelo menos duas cidades do estado. A postura do partido contraria uma decisão da Executiva Nacional da legenda, que proíbe alianças com partidos de esquerda.
Em Mamanguape, no litoral norte da Paraíba, o PL apoia a candidatura do deputado Eduardo Brito. No município, a coligação “Construindo o Futuro” é formada pelos partidos SD, PP, PDT, MDB, PSD, Federação PSOL-Rede e PL, de acordo com o DivulgaCand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Já no município de São José de Piranhas, no sertão do Estado, o PL está na coligação do candidato Bal Lins (PSB), que conta ainda com os partidos Republicanos e Federação PSOL- Rede.
Em ambas as situações, as alianças contrariam a decisão nacional que veda parcerias com partidos de esquerda.
Como mostrou o Blog Pleno Poder, na última semana, um dos casos mais evidentes de “desrespeito” à decisão partidária ocorre em Bananeiras, importante município do Brejo da Paraíba, em que o prefeito do município e candidato a reeleição, Matheus Bezerra (PSB), firmou aliança, entre outras legendas, com lulistas e bolsonaristas.
Orientação nacional
O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, disse ao jornalista Felipe Nunes, da Rádio CBN, em 01 de agosto, que a proibição de alianças entre a legenda conservadora e ‘agremiações partidárias de espectro político à esquerda’ serve para municípios de todos os estados brasileiros, incluindo a Paraíba.
O documento oficial cita a proibição de coligações para as eleições majoritárias com a Federação Brasil da Esperança (PT, PC do B e PV), a federação PSOL-Rede e demais siglas de esquerda em todo território nacional nessas eleições. A medida pode afetar alianças entre o PL e esses partidos já anunciadas em cidades da Paraíba.
Por causa dessa orientação, o PL precisou desfazer o apoio que havia demonstrado ao comunicador Nilvan Ferreira (Republicanos), em Santa Rita. Nesse caso, o PSB, do governador João Azevêdo, aparece na chapa do comunicador como vice, o que inviabiliza a aliança com o partido de Bolsonaro.
Além dos municípios já citados, em pelo menos três outros, Monteiro, Aparecida e Ingá, houve divulgação de alianças entre o PL e partidos de esquerda em uma mesma coligação. Com a repercussão dos casos, nesta última cidade, o PL vai seguir isolado, segundo informações atualizadas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).